Propomos que a CML, ao abrigo das suas competências descritas nos termos da alínea m) do ponto 2 do artigo 64º da Lei 169/91 de 18 de Setembro, na redacção em vigor conferida pela Lei 5-A/2002, de 11 de Janeiro, inicie os procedimentos com vista à inclusão, em sede de revisão do Plano Director Municipal, na carta do Inventário Municipal de Património, e/ou à abertura de processo de classificação das seguintes lojas:
1. Lojas para eventual classificação como Imóvel de Interesse Concelhio e/ou Interesse Público
a)FREGUESIA DOS ANJOS
a.1) Padaria sita na Rua de Moçambique, Nº 23-B.
Sita no Bairro das Colónias, esta padaria destaca-se pela singeleza de formas e pelo seu interior Art Déco, ainda original, constituído por montras, painéis de azulejos feitos especificamente para o local e mobiliário.
b)FREGUESIA DE SANTA MARIA DE BELÉM:
b.1) ‘Sapateiros Barroso’, sita na Rua de Belém, Nº 44 e 46.
Fundada por António Gomes Barroso, avô da actual proprietária. Fabrico artesanal de botas altas, botins e botas de caça desde os finais do século XIX. Interior praticamente intacto. Trata-se de uma verdadeira relíquia lisboeta a classificar não só pelo espaço mas também pela verdadeira arte de criar botas!
c)FREGUESIA DA LAPA:
c.1) Drogaria “Oliveirense”, sita na Rua da Lapa, Nº 16-18.
O prédio actual é, no geral, o resultado de uma reconstrução aprovada em 19 de Janeiro de 1893. Anteriormente existia no local um edifício setecentista. Já aparece referência à “drogaria” em 1895 mas a actual imagem Arte Nova data dos primeiros anos do séc. XX. Trata-se de uma loja com interiores absolutamente fantásticos.
d)FREGUESIA DE SÃO MAMEDE:
d.1) (Antiga) Casa “Flôr de Chá”, de Manoel Henriques de Carvalho, sita na Rua da Escola Politécnica, 89-91 e 95-99.
Trata-se de um antiga casa de chás e cafés com decorações de gosto orientalista do final do século XIX., fundada em 1856. Depois da destruição da loja de chás e cafés, Casa Viana, na Rua da Prata, será este o último estabelecimento com interior de decoração orientalista da capital. Todas as pinturas e mobiliário original sobreviveram à passagem do tempo simplesmente porque o último proprietário foi um antiquário (entretanto falecido). Actualmente existe uma grande incerteza sobre o futuro desta preciosidade lisboeta. Classificação urgente.
d.2) Farmácia Gomes, sita na Rua Rodrigo da Fonseca, Nº 101.
Trata-se de um exemplar único em Lisboa, este estabelecimento comercial com decoração Art Déco, localizado num quarteirão privilegiado em termos de edifícios representativos do Modernismo. Interior fabuloso e intacto. Fachada igualmente de origem. Proprietária está bastante receptiva à classificação pela CML.
d.3) Mercearia “Pérola de São Mamede”, sita na Rua Nova de São Mamede, Nº 19-A.
Mercearia de bairro dos anos 30 com o interior praticamente intacto. Foi fundada no princípio do século XX na antiga Travessa de São Mamede (entretanto desaparecida). Mudou-se para o presente local em 1935 quando se construíram os actuais prédios de rendimento nos primeiros anos da década de 30, logo após as obras da nova artéria “Rua Nova de São Mamede” (década de 20). O actual proprietário está à frente do estabelecimento desde 1941. Proprietário está bastante receptivo à classificação pela CML.
2.Lojas para inclusão no Inventário Municipal de Património:
a)FREGUESIA DA MADALENA
a.1) Conserveira de Lisboa, sita na Rua dos Bacalhoeiros, Nº 34.
Cent
b)FREGUESIA DE SANTOS-O-VELHO:
b.1) Drogaria Morgado, sita na Rua da Esperança, 162.
Fundada em 1907 por Jerónimo Morgado. Uma verdadeira curiosidade da tipologia das drogarias que existiam em todos os bairros da capital. Constitui uma autêntica raridade pois o interior, embora muito pequeno, está original. Pouco foi alterado desde 1907. Actualmente é gerida pelo neto do fundador.
c)FREGUESIA DE SÃO NICOLAU:
c.1) Luís Oliveira, Lda – Gravadores, sito na Rua de São Nicolau, Nº 53.
Belíssima fachada e interior intacto de um dos últimos gravadores da Baixa.
d)FREGUESIA DE SÃO PAULO:
d.1) (Antigo) Cambista Pina, sito na R. São Paulo, Nº 75-77; Tv. Carvalho, Nº 14.
Fundada em 1885, esta actual casa da sorte, tem um interior praticamente intacto (foto).
Anexo: Fotos de algumas lojas
Proposta Alterada
Considerando a crise que afecta o pequeno comércio em Lisboa, que se reflecte no fecho de lojas de comércio tradicional (padarias, drogarias, mercearias, etc.), o que afecta, além dos respectivos proprietários e respectivas famílias, muito do património da cidade, designadamente a nível das lojas centenárias e/ou das lojas de reconhecido valor em termos de elementos decorativos, i.e. fachadas e interiores (ex. ‘Manteigaria Londrina’, na Rua das Portas de Santo Antão; ‘Casa Pompadour’, na Rua Garrett; ‘Casa Midões’, na Rua da Conceição); que só por si fazem delas roteiro indispensável do património da Baixa e, portanto, uma importantíssima mais-valia em termos do que se pretende futuramente;
Considerando que muitas dessas lojas não são objecto de nenhum tipo de classificação ou protecção, e que algumas delas não constam da carta municipal de património;
Propomos que a CML, ao abrigo das suas competências descritas nos termos da alínea m) do ponto 2 do artigo 64º da Lei 169/91 de 18 de Setembro, na redacção em vigor conferida pela Lei 5-A/2002, de 11 de Janeiro;
a)Prossiga o levantamento das lojas de comércio tradicional com vista à inclusão, em sede de revisão do Plano Director Municipal, na carta do Inventário Municipal de Património, e/ou à eventual abertura de processo de classificação, caso haja acordo dos proprietários, das lojas cuja lista se anexa, para apreciação;
b)Estude a possibilidade de introduzir medidas de apoio e de divulgação aos seus proprietários.
Lojas para eventual classificação como Imóvel de Interesse Concelhio e/ou Interesse Público
a) FREGUESIA DOS ANJOS
a.1) Padaria sita na Rua de Moçambique, Nº 23-B.
Sita no Bairro das Colónias, esta padaria destaca-se pela singeleza de formas e pelo seu interior Art Déco, ainda original, constituído por montras, painéis de azulejos feitos especificamente para o local e mobiliário.
b) FREGUESIA DE SANTA MARIA DE BELÉM:
b.1) ‘Sapateiros Barroso’, sita na Rua de Belém, Nº 44 e 46.
Fundada por António Gomes Barroso, avô da actual proprietária. Fabrico artesanal de botas altas, botins e botas de caça desde os finais do século XIX. Interior praticamente intacto. Trata-se de uma verdadeira relíquia lisboeta a classificar não só pelo espaço mas também pela verdadeira arte de criar botas!
c) FREGUESIA DA LAPA:
c.1) Drogaria “Oliveirense”, sita na Rua da Lapa, Nº 16-18.
O prédio actual é, no geral, o resultado de uma reconstrução aprovada em 19 de Janeiro de 1893. Anteriormente existia no local um edifício setecentista. Já aparece referência à “drogaria” em 1895 mas a actual imagem Arte Nova data dos primeiros anos do séc. XX. Trata-se de uma loja com interiores absolutamente fantásticos.
d) FREGUESIA DE SÃO MAMEDE:
d.1) (Antiga) Casa “Flôr de Chá”, de Manoel Henriques de Carvalho, sita na Rua da Escola Politécnica, 89-91 e 95-99.
Trata-se de um antiga casa de chás e cafés com decorações de gosto orientalista do final do século XIX., fundada em 1856. Depois da destruição da loja de chás e cafés, Casa Viana, na Rua da Prata, será este o último estabelecimento com interior de decoração orientalista da capital. Todas as pinturas e mobiliário original sobreviveram à passagem do tempo simplesmente porque o último proprietário foi um antiquário (entretanto falecido). Actualmente existe uma grande incerteza sobre o futuro desta preciosidade lisboeta. Classificação urgente.
d.2) Farmácia Gomes, sita na Rua Rodrigo da Fonseca, Nº 101.
Trata-se de um exemplar único em Lisboa, este estabelecimento comercial com decoração Art Déco, localizado num quarteirão privilegiado em termos de edifícios representativos do Modernismo. Interior fabuloso e intacto. Fachada igualmente de origem. Proprietária está bastante receptiva à classificação pela CML.
d.3) Mercearia “Pérola de São Mamede”, sita na Rua Nova de São Mamede, Nº 19-A.
Mercearia de bairro dos anos 30 com o interior praticamente intacto. Foi fundada no princípio do século XX na antiga Travessa de São Mamede (entretanto desaparecida). Mudou-se para o presente local em 1935 quando se construíram os actuais prédios de rendimento nos primeiros anos da década de 30, logo após as obras da nova artéria “Rua Nova de São Mamede” (década de 20). O actual proprietário está à frente do estabelecimento desde 1941. Proprietário está bastante receptivo à classificação pela CML.
Lojas para inclusão no Inventário Municipal de Património:
a) FREGUESIA DA MADALENA
a.1) Conserveira de Lisboa, sita na Rua dos Bacalhoeiros, Nº 34.
Octogenária casa de referência da Baixa, inclusivamente a nível de guias turísticos estrangeiros.
b) FREGUESIA DE SANTOS-O-VELHO:
b.1) Drogaria Morgado, sita na Rua da Esperança, 162.
Fundada em 1907 por Jerónimo Morgado. Uma verdadeira curiosidade da tipologia das drogarias que existiam em todos os bairros da capital. Constitui uma autêntica raridade pois o interior, embora muito pequeno, está original. Pouco foi alterado desde 1907. Actualmente é gerida pelo neto do fundador.
c) FREGUESIA DE SÃO NICOLAU:
c.1) Luís Oliveira, Lda – Gravadores, sito na Rua de São Nicolau, Nº 53.
Belíssima fachada e interior intacto de um dos últimos gravadores da Baixa.
d) FREGUESIA DE SÃO PAULO:
d.1) (Antigo) Cambista Pina, sito na R. São Paulo, Nº 75-77; Tv. Carvalho, Nº 14.
Fundada em 1885, esta actual casa da sorte, tem um interior praticamente intacto (foto).